O Brasil recicla apenas 10% dos veículos fora de uso! Na Europa (e até na Argentina), carros viram matéria-prima. Aqui, viram problema.
- pietro691
- 3 de set.
- 2 min de leitura
Quando se fala em impacto ambiental de veículos, a conversa geralmente gira em torno das emissões de CO². De fato, o setor de transportes responde por cerca de 23% das emissões globais de gases de efeito estufa. Mas o impacto ambiental de um carro não termina quando ele para de rodar.
No Brasil, a maioria dos veículos fora de uso ainda não tem um destino adequado. A Octa estima que apenas 10% sejam, de fato, encaminhados para reciclagem, o que coloca o país muito atrás de países como Japão, Argentina e os membros da União Europeia, onde as taxas variam de 80% a 95%.

Descarte irregular: um problema ambiental e sanitário
Boa parte dos carros fora de uso acaba abandonada em vias públicas, terrenos baldios, pátios de órgãos de trânsito ou em desmanches clandestinos. O resultado disso é um passivo ambiental preocupante.
Veículos descartados incorretamente podem contaminar solo, lençóis freáticos e cursos d’água por meio do vazamento de combustíveis, óleos lubrificantes e outros resíduos químicos. Para se ter uma ideia, um litro de óleo pode poluir até 20 mil litros de água.
Um carro tem até 30 mil peças, e muitas podem ser reaproveitadas
Dependendo do modelo, um único automóvel pode ter entre 3 mil e 30 mil peças. Mais da metade delas é feita de aço e outros materiais ferrosos, com alto potencial de reaproveitamento. Boa parte pode ser reutilizada ou reciclada, mas o país ainda carece de infraestrutura, regulamentação e incentivo para isso.
O que países mais avançados estão fazendo
União Europeia: exige, por lei, que 85% do peso dos veículos seja reciclado e 95% seja reaproveitado (incluindo recuperação energética). A média real de reciclagem na região já ultrapassa esses índices.
Japão: opera com um sistema digital que rastreia o ciclo completo dos veículos, desde a compra até a desmontagem.
Argentina: avançou na regulação e também registra taxas de reciclagem acimas de 80%.
Por que reciclar faz tanta diferença
Reduz o impacto de contaminantes na água e no solo.
Evita o crescimento do mercado ilegal de peças.
Estimula a economia circular, com geração de empregos e redução da demanda por matérias-primas virgens.
Aumenta a segurança viária, ao incentivar o uso de peças rastreadas e homologadas.
Na Octa, trabalhamos para transformar esse cenário por meio de tecnologia, rastreabilidade e redes homologadas. Acreditamos que a economia circular automotiva não é apenas uma oportunidade, é uma necessidade ambiental, econômica e social.
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